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Olhos d'água do monge João Maria: Paraná Turismo avalia criação de rota turística em Prudentópolis

 

Publicado em: 02/12/2015 16:29

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No dia 24 de novembro, no município de Lapa, a Secretaria Municipal de Turismo de Prudentópolis participou do 2º Encontro de Estudos sobre o monge João Maria. O evento faz parte de um estudo da Paraná Turismo que analisa em todo o Estado a viabilidade de estabelecer uma rota de visitação turística em olhos d'água, a partir de locais onde o religioso esteve presente.
Até o momento, foram catalogados 38 municípios com olhos d'água do monge João Maria, o qual Prudentópolis é um dos contemplados.


Em Prudentópolis: olhos d'água despertam interesse da mídia

A partir de um levantamento realizado no município, foi identificada a existência de vários olhos d'água do monge. Inclusive, a Secretaria de Turismo acredita na possibilidade de existirem mais. "Caso alguém conheça, tenha ouvido falar ou tenha um olho d'água em sua propriedade e quiser relatar isso, procure a Secretaria para apurarmos melhor a questão", disse a secretária da pasta, Cristiane Boiko Rossetim. Ela ainda informou que a Rede Paranaense de Comunicação (RPC), de Londrina, estará realizando uma reportagem, o qual Prudentópolis foi o único município escolhido para participar.


Monge João Maria: uma breve história

Apesar de os historiadores terem identificado a existência de vários Joões Maria - cujas datas de registro compreendem períodos de 1844 a 1908, o pioneiro é João Maria D'Agostini, a quem se atribuía designação de monge. Ele veio de Piemonte, Itália, ingressando no seminário de Roma ainda jovem. Mas antes de ser ordenado padre, peregrinou por diversas partes do mundo como um andarilho. Após passagens por algumas regiões da Europa até chegar na América, D'Agostini passou por países como a Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, até finalmente chegar ao Brasil.

Nos anos de 1844, há registros de que o monge foi do Pará para o Rio de Janeiro, e logo conquistou a fama de curandeiro, benzedeiro e conselheiro. Depois disso, ele seguiu para as proximidades de uma fábrica de ferro em Sorocaba, onde as aglomerações se repetiram. Ao sair da cidade paulista, não se teve mais notícias suas - até seu reaparecimento no Rio Grande do Sul. Na passagem pela cidade gaúcha de Santa Maria, D'Agostini participou da elaboração do estatuto e da eleição de uma diretoria encarregada de cuidar de uma nascente.

Continuando sua peregrinação, ele ainda passou por Santa Catarina e pelo Paraná. Na cidade da Lapa (PR), o monge ficou abrigado numa gruta no ano de 1847. Assim como já acontecera nos outros locais por onde tinha passado, reuniu em torno de si uma pequena multidão de lapeanos e moradores de cidades próximas que recorriam ao "monte santo" para casar, batizar rebentos recém-nascidos, curar doenças ou simplesmente pedir uma bênção. D'Agostini foi embora do país da mesma forma misteriosa com que chegou. O monge terminou seus dias nos Estados Unidos, em 1869. O túmulo dele ainda existe, no estado do Novo México **.


Localidades de Prudentópolis por onde o Monge João Maria esteve

- Localidade de Terra Cortada (propriedade de Ilda de Lima Correia);
- Bairro de Pousinhos (propriedade de Celso Luiz Grande);
- Comunidade de Linha Esperança (propriedade de Paulo Petel);
- Comunidade de Linha Ivaí secção 1 (propriedade de Catarina Cecilia Roth Muzeka).

** Trecho extraído a partir de informações do historiador Paulo Pinheiro Machado (Universidade Federal de Santa Catarina) para o jornal Gazeta do Povo em 25/05/2012.